O espetáculo sobre o cotidiano, que conquistou mais de 30 mil espectadores em sua temporada carioca, chega a Salvador pelo Catálogo Brasileiro de Teatro.
Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco desembarcam em Salvador pelo projeto Catálogo Brasileiro de Teatro com o espetáculo “Agora É Que São Elas!”, para únicas apresentações dias 01, 02 e 03 de Agosto no Teatro Faresi, em Ondina. No palco as atrizes se transformam em vinte personagens no palco, entre homens e mulheres como protagonistas de nove esquetes escritos por Fábio Porchat. Os ingressos estão à venda no sympla e no local.
Para montar Agora É que São Elas!, Porchat misturou textos recém-criados e outros que, apesar de escritos em 2004 e 2005, revelam conexão com a década de 2020. “É um humor de identificação, há pessoas que se reconhecem nos personagens ou conhecem alguém que se parece com eles. São encenações do dia a dia, situações que a gente passa, um comentário que eu achei divertido”, conta o diretor.
Na época, Porchat era estudante da CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), no Rio, e chegou a encenar alguns esquetes ao lado do saudoso colega Paulo Gustavo. “Foi muito lindo revisitar esses textos escritos há 20 anos, que eu fiz na escola pro meu colega Paulo Gustavo. E foi bom ver que esse material ainda é atual, funciona e é engraçado. Se estivermos conectados ao que acontece ao nosso redor, vamos entender o Brasil, os costumes e as pessoas que estão à nossa volta”, diz.
Entre as nove histórias, “Superstição” destaca o reencontro de duas amigas, interpretadas no palco por Maria Clara e Júlia, que não se viam há anos. Uma delas acredita cegamente em todas as superstições, enquanto a outra é puro ceticismo. Já Priscila e Maria Clara contracenam em “Selfie”, sobre um fã que aborda uma famosa atriz em um restaurante e, enquanto tenta tirar uma fotografia, começa a listar defeitos na artista que supostamente admira. O esquete mais recente, intitulado ‘Meu bebê’, apresenta um casal, interpretado por Júlia e Priscila, comparando seu filho de 8 meses com os filhos de outras amigas. Morrendo de medo que o próprio filho não seja o mais inteligente de todos.
Diferentes gerações da comédia se encontram no palco
São três ótimas atrizes de gerações distintas que despontaram para o público em veículos diferentes. A carioca Maria Clara Gueiros é bailarina, estreou no teatro com o espetáculo Na Cola do Sapateado (1987), e ganhou popularidade na televisão com o humorístico Zorra Total, entre 2004 e 2007. Também do Rio, Júlia Rabello estourou na internet como destaque do time do Porta dos Fundos e participou das novelas A Regra do Jogo (2015) e Rock Story (2016). A paulistana Priscila Castello Branco por sua vez, fez drama no teatro em Cenas de uma Execução (2016) e participou nas novelas Deus Salve o Rei (2018) e Salve-se Quem Puder (2020). O seu território, porém, é o stand-up e faz sucesso há dois anos com o solo Tô Quase Lá. A primeira temporada da peça conquistou o público. O espetáculo estreou com casa cheia em março de 2024 no Festival de Curitiba e lotou por quatro meses o Teatro dos Quatro, inclusive com sessão extra em todos os sábados, e passou por uma curta temporada com ingressos esgotados em Niterói.
Para Porchat, o sucesso da montagem vem do trabalho em equipe. “A peça é despretensiosa. Tem três grandes comediantes no palco, elas dominam e têm consciência do potencial delas. Um texto de comédia só funciona sendo feito por comediantes que acreditam nele e que sabem pegar esse texto e ir além. Essas mulheres melhoram o meu texto e as piadas, e eu acho isso incrível”, diz.
A história de Júlia Rabello com a peça começou também há 20 anos. Ela conta que, na época, Porchat a convidou para produzir “Infraturas”, peça que deu origem a “Agora é que são elas!”.
“Quando ele me fez o convite, eu disse: que loucura, Fabio, anos atrás você me chamou para produzir a peça, agora você é o idealizador, diretor e produtor e me convida para atuar. Que interessantes as voltas que a vida dá. Eu tive o privilégio de ser uma das primeiras pessoas a ouvir a leitura há 20 anos. Agora é uma responsabilidade fazer como atriz”, conta.
Rapidez e velocidade são os pontos-chave para o humor funcionar, diz Rabello. “Colocamos toda a nossa energia em estar com esse timing muito afiado”. Para ela, é esse elemento que torna a montagem tão contemporânea e fácil de gerar identificação.
Para Maria Clara Gueiros, os textos “engraçadíssimos” são o maior ingrediente para a história de sucesso. “Eles vão ficando mais engraçados à medida que a gente vai se apropriando deles. O texto já está tão bem escrito, que eu só preciso mudar a musicalidade da minha interpretação. Dar vida a tantos personagens não foi um desafio”, diz. Gueiros conta que as colegas de cena também se tornaram “amigas pra vida” e se impulsionam na hora da improvisação. “Nós três somos muito criativas, então vamos criando. Quando uma faz isso, as outras duas já entendem e surfam na mesma onda. Nós criamos as interações no frescor da peça”, ela diz.
Para Priscila, o desafio da peça é justamente não usar artifícios para a mudança de personagens. “Não temos um figurino de caracterização e nenhuma mudança de personagem! A virada é em cena! E ali mesmo nasce o outro. Acredito que a improvisação vem com a reação da plateia. Descobrimos muitas coisas no palco. Às vezes a reação da plateia nos leva a uma improvisação que podemos usar em outras apresentações! O teatro é vivo e é uma delícia viver isso com minhas companheiras”, conta.
Agora é Que São Elas! se destaca pelo humor autêntico, com espaço para improvisação, aproximando o público de cada cena. E, como uma das linguagens mais dinâmicas do teatro, cada esquete pode ser interpretado de maneira diferente a cada apresentação, oferecendo à plateia a sensação de estar assistindo a um espetáculo exclusivo a cada vez.
“AGORA QUE SÃO ELAS” se apresenta em Salvador pelo Catálogo Brasileiro de Teatro em uma iniciativa da Fred Soares Produções, que este ano comemora 25 edições. Com patrocínio do Shopping da Bahia, apoio do Instituto Marta Zollinger e incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto realiza por ano 20 espetáculos do eixo Rio e São Paulo em Salvador, além de ações de formação e difusão, sendo considerando o maior projeto de circulação teatral do país.
Projeto CATÁLOGO BRASILEIRO DE TEATRO | 25ª EDIÇÃO
Espetáculo: AGORA QUE SÃO ELAS
Texto e direção: Fábio Porchat
Elenco: Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco
Cenografia: Mina Quental & Atelier na Glória
Equipe Atelier na Glória: Bernard Heimburger, Alexsander Pereira e Mariana Castro
Cenotécnico: A. Salles
Cenografia: André Salles e Márcio Domingues
Figurino: Gilda Midani
Assistente de Figurino: Vanessa Vicente
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Assistente: Valdeci Correia
Montagem: Equipe Art Light
Trilha Sonora: Lúcio Mauro Filho
Assistente de Direção: Hernane Cardoso
Visagismo: Diego Nardes
Fotos de Estúdio: Pino Gomes
Assistentes de Fotografia Artística: Johnne de Oliveira e Iago Castro.
Fotos de Cena: Yan Carpenter
Identidade Visual: Vicka Suarez.
Designer Gráfico: Kelson Spalato
Marketing Internet: Renato Passos.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.
Videomaker: Hernane Cardoso.
Produção: Bem Legal Produções
Direção de Produção: Carlos Grun
Idealização: Fábio Porchat.
SERVIÇO
Data: 01, 02 e 03 de Agosto
Local: Teatro Faresi
Horários: Sexta 21h, Sábado 19h e Domingo, 18h
Ingressos a venda no site sympla.com.br e bilheteria do teatro
INGRESSOS
1º Lote – 120,00 / 60,00
2º Lote – 140,00 / 70,00
3º Lote – 150,00 / 75,00
FUNCIONAMENTO DA BILHETERIA:
– Na internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/
– Na Bilheteria física do teatro: Aberta duas (02) horas antes de qualquer espetáculo até o início da apresentação.
– No Centro de Pós-Graduação Faresi (no mesmo prédio do Teatro): De segunda a sexta das 09:00 h à 16:00 h.
– Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceitamos cheques.
BENEFÍCIOS DA MEIA-ENTRADA
De acordo com o Decreto Federal 8.537/15, Lei Federal 12.852 (Estatuto da Juventude), 12.933 de 2013, Lei Federal 10.741/03 (Estatuto da Pessoa Idosa) e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015, temos:
IDOSOS, pessoas acima de 60 anos (Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15), NECESSÁRIO APRESENTAR:
- Documento de identidade oficial com foto.
TIPO DE INGRESSO: MEIA ENTRADA
ESTUDANTES (Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015), NECESSÁRIO APRESENTAR:
- Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado.
JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA, com idades de 15 a 29 anos (Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15), NECESSÁRIO APRESENTAR:
- Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA e acompanhante quando necessário (Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15), NECESSÁRIO APRESENTAR:
- Documento que comprove a condição de deficiência;
- Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013;
- No momento da apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de DOCUMENTO DE IDENTIDADE OFICIAL COM FOTO.
PROFESSORES (Lei municipal 14.765/2024), NECESSÁRIO APRESENTAR:
- Carteira Funcional emitida pela Secretaria Municipal de Educação, pela Secretaria Estadual da Educação, pelo Ministério da Educação, ou pela apresentação do holerite do profissional da educação, emitida pela instituição de ensino, acompanhando de documento de identificação.
INGRESSOS PARA CRIANÇAS:
- Crianças de 0 a 11 anos e 11 meses têm direito à meia-entrada, sem necessidade da Carteira de Identificação Estudantil, apenas com documento oficial com foto.
- A partir dos 12 anos, aplica-se a Lei da Meia-Entrada.